78 eurodeputados da direita radical e da extrema-direita, de entre 720 eurodeputados, propuseram uma moção de censura à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acusando-a de ser "controladora e pouco transparente"
O eurodeputado romeno Gheorghe Piperea, do partido ultra-conservador AUR, recolheu 73 assinaturas para a sua moção - uma mais do que o número mínimo necessário para iniciar o processo (72 - um em cada dez eurodeputados)
De acordo com o gabinete de Piperea, 32 membros do seu grupo político, os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), apoiaram o pedido.
A moção foi chumbada por 360 votos contra,
«Cada contrato negociado foi examinado detalhadamente nas capitais europeias antes de ser assinado por cada um dos 27 Estados-membros. Não havia segredos, cláusulas ocultas, nem obrigação de compra para os Estados-membros .../...
Não devemos ter ilusões sobre as ameaças que a nossa democracia enfrenta. Entrámos numa era de luta entre a democracia e o iliberalismo. A ameaça dos partidos extremistas que querem polarizar as nossas sociedades com desinformação é alarmante. Não há provas de que tenham respostas mas há provas suficientes de que muitos deles são apoiados pelos nossos inimigos e pelos seus fantoches na Rússia ou noutros países, basta olhar para alguns dos signatários desta moção para perceberem o que quero dizer»
E os eurodeputados portugueses? Surpresas? Nenhuma.
PSD, CDS, Iniciativa Liberal e 5 dos 8 eleitos pelo PS votaram contra, seguindo o Partido Popular Europeu, a família política da presidente da Comissão Europeia e dos grupos Renovar Europa (liberais) e Socialistas e Democratas (S&D)
Ana Vasconcelos (IL) disse não ter conseguido votar por o seu cartão de voto estar inoperacional. Catarina Martins (BE), Marta Temido, Bruno Gonçalves e Francisco Assis (PS) não votaram
Quem votou a favor, quem foi? Ora...
João Oliveira, do PCP, e os dois eurodeputados do Chega, António Tânger Correa e Tiago Moreira de Sá. Um é declaradamente pró-Rússia, os outros dois lambem abertamente as botas ao Rassemblement National e ao Alternative für Deutschland, ambos subsidiados por Putin.
A vida é assim, por muitas voltas que dêmos o ponto de origem é sempre o mesmo;
Há pouco tempo alguém disse:
« Almost all the political problems in the world, if we follow the money, it will lead to Russia»
«Quase todos os problemas políticos do mundo, se seguirmos o dinheiro, levar-nos-á à Rússia»
Depois há três tipos de pessoas, as que não veem, as que não querem ver e as que não querem que os outros vejam
Sem comentários:
Enviar um comentário