Onde reina a Impunidade não impera a Justiça
Onde não impera a Justiça não existe Civilização
Lisboa 28 de Setembro 2018
Inquérito da Operação Marquês - acusação de 28 arguidos
(19 indivíduos -entre os quais José Sócrates - e nove empresas)
Quase 200 crimes económico-financeiros
Tribunal Central de Instrução Criminal Sorteio do juiz de instrução do processo "Operação Marquês"
Juízes do TCIC - 2 - Carlos Alexandre e Ivo Rosa
Número de tentativas do sorteio informático - 4
Nos primeiros minutos o programa bloqueou, o computador não respondeu. Quando respondeu, deixou de fora do processo o juiz Carlos Alexandre
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Ivo Rosa, O Complacente, considerou as acusações contra José, O Aldrabão, Intrujão, Mentiroso, Trapaceiro, Vigarista, Embusteiro, Patife, Tratante, Impostor, Chico-esperto e Ladrão como sendo "fantasiosas e especulativas"
O José foi acusado, no âmbito da Operação Marquês, de 31 crimes; Ivo desconsiderou 25
Das restantes 6 acusações - corrupção, branqueamento de capitais e falsificação - restam 3, as outras 3 prescreveram...
E o gajo ainda se queixa de estar a ser vítima de «manigância judicial» num processo «ridículo, bruto e violento, absolutamente escandaloso»
Não deixa de ser verdade, uma verdade distorcida e revirada mas verdade: As "manigâncias judiciais" acumularam-se umas sobre as outras numa pilha instável, lembrando uma Torre de Pisa erigida sobre um pântano de favores e interesses, agregada numa argamassa de corrupção, espertezas e procrastinação.
Sim,, é "absolutamente escandaloso" que acusações do foro criminal contra um ex-primeiro-ministro, e relativas a crimes cometidos no exercício de funções como primeiro-ministro, possam prescrever e/ou sejam deixados prescrever.
Sim, é "ridículo, bruto e violento": o povo português levou anos a pagar para se refazer do desfalque do José, saiu-nos violentamente dos bolsos e, quando refeita a recuperação económica e financeira sobre uma alteração de estratégias administrativas e de um confesso "brutal aumento de impostos", uma grande parte dos portugueses, não a maior parte mas a suficiente para inviabilizar uma maioria governativa, votou com a carteira e não com a cabeça. Cavaco, que sempre foi complexado e invejoso - o filho do honrado Sr. Teodoro Silva nunca se conseguiu refazer de ter ido à escola descalço apesar da vida privilegiada que construiu, talvez tenha sentido os "pés frios" quando do seu doutoramento na universidade de York, os ingleses podem ser mordazmente gélidos em meios distintos - e vingou-se de Passos Coelho pela maioria anteriormente obtida, pelo apoio e entusiasmo que suscitou, pela recuperação económica conseguida e concedeu o governo à "Geringonça". Pela primeira vez em Portugal não foi nomeado primeiro-ministro o líder do partido vencedor. Goste-se ou não os factos são estes, e o resto é história
O José queixa-se? O José tem tido uma sorte diabólica, melhor dizendo, faustosa... Tal como Fausto, aqueles que vendem a alma ao diabo acabam vendo-a reclamada. Veremos se chegou o momento da reclamação.
Curiosamente, e tanto quanto uma leitura na diagonal me dá a entender, o comentadíssimo parecer de Pinto de Albuquerque, o ex-juiz no Tribunal Europeu, não dedica uma linha às acusações constantes no processo Operação Marquês agora em julgado. Dedica-se a tentar demonstrar o carácter injusto do processo que terá pecado pela violação da presunção de inocência, da protecção da vida privada e familiar. Critica ainda a lentidão do processo, mas não refere a prescrição de metade das acusações que resistiram à fogueira de Ivo Rosa. E sobre a proveniência dos milhões de euros do José? Ah, isso não vem ao caso da presunção de inocência, nem da prisão, nem dos motivos explícitos de "uma campanha mediática agressiva", nem mesmo fundamentos jurídicos para a rejeição de dezenas de recursos judiciais interpostos por José. Ou seja, José, O Aldrabão, Intrujão, Mentiroso, Trapaceiro, Vigarista, Embusteiro, Patife, Tratante, Impostor, Chico-esperto e Ladrão continua a exercer magistralmente a sua arte de tapar o Sol com uma peneira. Estes pareceres de luxo são armas de vitimização, contra a "cabala negra", mas nenhum deles toca no âmago da questão: o José corrupto, ladrão, falsário, que deixou o seu país de tanga, rota, em menos de 6 anos como primeiro-ministro. E disso há provas e provas e provas, irrefutáveis.
Tomada de posse do primeiro-ministro José Sócrates - 20 Fev. 2005
“Rigor, desde logo, na despesa, porque essa é a forma última de garantir a sustentabilidade de longo prazo das contas públicas. (…) Rigor, também, no cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento. (…) Múltiplos instrumentos poderão ser usados, mas o rigoroso controlo da despesa e o combate à fraude e à evasão fiscal serão, sem dúvida as traves-mestras da nossa ação“. (...) “Mas também a transparência. A transparência e a sustentabilidade das contas públicas são essenciais para a credibilidade externa e interna da governação. Finalmente, a verdade. Pagar impostos é obrigação de cidadania; mas conhecer a verdade sobre as contas do Estado é um direito dos cidadãos. O país conhecerá a verdade sobre a situação orçamental”
Reeleito sem maioria em 2009,
seguiu-se o pedido de auxílio externo em 2011, a demissão do governo e a convocação de eleições antecipadas.
Ridículo, bruto, violento, absolutamente escandaloso
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