Voltando uns posts atrás, porque o assunto não morre nem para lá caminha. A 29 de Agosto dizia eu por aqui, o mais discretamente que consegui:
No que toca a Israel, é óbvia a deferência de Trump para com um primeiro-ministro selvagem que defende com unhas e dentes, mísseis e tanques, a sua permanência no poder a bem da sua liberdade pessoal, a bem da imunidade perante os processos judiciais que o ensombram.Ari Ben-Menashe ingressou na Direcção de Inteligência Militar de Israel em 1977. Desempenhou um papel de intermediário no esforço israelita de vender armas ao Irão e estiveram perto da decisão do governo israelita de apoiar os esforços da "Surpresa de Outubro" da campanha de Reagan para garantir que os reféns americanos detidos pelo Irão fossem libertados num calendário que fortalecesse Ronald Reagan e não o então presidente dos EUA, Jimmy Carter.
Porquê? A geo-política? A geo-estratégia? Não brinquemos com uma questão tão séria e angustiante. A queda de Netanyahu não acarreta a queda de Israel, bem pelo contrário, Netanyahu é reconhecidamente um criminoso de guerra - excepto pelos EUA - que isola o seu país do resto do mundo, que rejeita toda e qualquer proposta de paz, interrompe toda e qualquer negociação, entregando às mãos de terroristas a réstia de vida de reféns israelitas, a réstia de esperança das famílias e amigos que os aguardam há quase dois anos, que faz ouvidos moucos à voz gritante do seu povo
Então?????????
Da Mossad não se fala, é feio. É aliás a penúltima coisa de que Trump quer ouvir falar (a CIA está controlada, o MI6 é civilizado, o FSB... vade retro, não têm razão de queixa...)
.../...
Trump gosta muito de Netanyahu? Hum... Diria que nem por isso; compreende o colete de sarilhos em que está metido, precisa dos amigos dele e...
E da Mossad não se fala, é feio. De Robert Maxwell, oficial da Mossad, cujo corpo repousa no Monte das Oliveiras em Israel, um funeral onde estiveram presentes 6 ex-comandantes da Mossad, não se fala, é inconveniente. Da filha de Maxwell, Ghislaine só se fala do que todos sabem, não do que ela sabe mas só contava à Mossad. De Epstein, o namorado de Ghislaine que, quando não tinha um chavo, trabalhou no escritório de Robert, só se fala das canalhice que fez antes de ter sido "suicidado" na prisão; de como enriqueceu escandalosamente de um dia para o outro não se fala... É segredo.
Ben-Menashe serviu na Direcção de Inteligência Militar até 1987, sob o comando do vice-director, Moshe Hebroni, que sobre ele escreveu: «Ben-Menashe serviu directamente sob o meu comando... Tinha acesso a material extremamente sensível.»
A favor da sua credibilidade e conhecimento de "ficheiros incómodos" é o facto de em 1989 ter sido acusado de tentar vender três aviões militares ao Irão, em violação da Lei de Controlo de Exportação de Armas dos EUA. Após quase um ano na prisão, foi absolvido sem que quaisquer provas tivessem sido apresentadas contra ele.
Ben-Menashe afirmou que Robert Maxwell (pai de Ghislaine e recrutador de Epstein),proprietário dos jornais Mirror Group no Reino Unido, era um agente da Mossad e que em 1986, Maxwell tinha avisado a embaixada israelita sobre o técnico nuclear israelita Mordechai Vanunu, depois de Vanunu e um amigo terem abordado o Sunday Mirror e o The Sunday Times em Londres com informações sobre a capacidade nuclear de Israel. Vanunu foi posteriormente atraído pela Mossad de Londres para ir a Roma onde foi raptado, devolvido a Israel e condenado a 18 anos de prisão. De acordo com Ben-Menashe, o editor estrangeiro do Daily Mirror de Maxwell, Nicholas Davies, trabalhava para a Mossad e estava envolvido no caso Vanunu. Nenhum jornal britânico publicaria as alegações de Maxwell devido à sua reputação "litigiosa".
Em 1992, o jornalista norte-americano Craig Unger, do The Village Voice, escreveu:
«A sedução de Ben-Menashe começa com uma demonstração do seu domínio da arte dos lendários serviços de informação israelitas. Com um maço de moedas de 25 cêntimos à mão para telefonemas furtivos, navega pelos canais secretos que ligam os espiões de Langley aos seus homólogos em Telavive. As suas análises astutas e revelações alucinantes podem comover até o mais experiente especialista em Médio Oriente»
Muito mais haveria a dizer sobre este ex-agente da Mossad que teve de fugir de Israel e que vive actualmente no Canadá onde escreve livros e negoceia em armas; para apresentação chega e dá uma sólida ideia de quem é o homem que fala no vídeo abaixo. O que diz não é propriamente novidade mas dito por ele tem outro sabor.
Muito mais haveria a dizer sobre este ex-agente da Mossad que teve de fugir de Israel e que vive actualmente no Canadá onde escreve livros e negoceia em armas; para apresentação chega e dá uma sólida ideia de quem é o homem que fala no vídeo abaixo. O que diz não é propriamente novidade mas dito por ele tem outro sabor.
Sem mais.
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