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INÊS, É HOJE

 Lembro-me da Inês dos tempos de liceu, um pouco mais novinha do que eu, lembro-me dela irrequieta, sorridente, curiosa, com um brilho nos olhos enormes que lhe vinha da mente desperta. Quando deixei o liceu nunca mais a vi; não eramos "amigas", apenas nos cruzávamos, umas trocas de palavras... Mas a Inês foi uma dos "mais novos" que me ficou. 

Passaram-se décadas, passou o mundo por nós, cada uma com o seu e nunca se cruzaram. Há anos, perdi-lhe a conta, quis o destino que nos "reencontrássemos" no Facebook, nas encruzilhadas dos antigos alunos do Liceu Francês. Fez-me um abençoado "pedido de amizade", lembrava-se de mim, tinha sido aluna do meu pai.
A Inês sobressaiu... Escreve admiravelmente, sobre tudo o que lhe vem à cabeça, à vida, à vizinhança do prédio e da rua, sobre as pessoas do seu dia-a-dia, sobre os que guarda no enorme coração. E o seu sentido de humor... Rápido, mordaz, subjacente. Nasceu uma amizade descomplicada, sincera, sem encontros mas praticamente quotidiana. Até que houve um dia em que, finalmente, nos abraçamos. Um abraço esperado, atrasado pelo quotidiano, o trabalho, o Covid, e por tantas outras coisas parvas que se interpõem entre quem se quer bem e é bem mais importante do que as parvoíces interpostas.

Nestes últimos tempos a Inês estava assoberbada em trabalho, um livro na forja... Rejubilei. Falamos dele durante um jantar. Esperei-o. Sabia que iria ser um parto muito cuidado, preparado, revisto mil vezes...
Outro jantar... Novidades? Está quase, mesmo quase...

Inês... É hoje!!!
Saiu em Setembro mas ainda não o tenho, não o li, quero recebê-lo das mãos dela, hoje na apresentação, quero conhecer a co-autora, a Fátima Moura da Silva

Que venham mais, vislumbro-os dentro de ti saltitando de quando em vez, sussurrando-te que querem ver o Sol




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