::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

ABENÇOADO!

Esta notícia teria pano para mangas, compridas e esvoassantes
Da lei, do código penal, da impunidade
Das cabras que andam por este mundo, e os bodes, e as pessoas que não se contentam em ficar a ver sem fazer nada

 Espero que esta gaja nunca engravide, se a criança chatear corre sérios riscos de acabar no contentor do lixo

Quanto ao heroi da história... Abençoado.
Por não ter deixado passar
Por ter assentado um valente par de estalos onde faziam falta
Por ter coração, consciência e coragem. ...

E ganhou uma amiga que a outra, a cabra, obviamente, não merecia.


«Quem não gosta de animais não pode gostar de pessoas»
In "Expresso", Pedro Amaral

«Um cachorro foi atirado pela janela de um automóvel. O condutor da viatura que seguia atrás encetou uma perseguição que acabou com duas violentas bofetadas na mulher que se havia desembaraçado do "embrulho". Hoje, a cadela que salvou vive consigo.»


 «É uma história real. Triste, reveladora de desumanidade e preocupante porque espelha o que de mais baixo pode haver no ser humano.

Numa estrada, algures em Portugal, um homem dirigia a sua viatura, conduzindo logo atrás de uma outra que subitamente abrandou a marcha de forma bem significativa, obrigando-o a uma travagem brusca.
É então que vê um pequeno " embrulho " ser atirado pela janela do "pendura" tendo caído a uns quatro metros da berma da estrada.
Intrigado o nosso homem resolve parar o automóvel e dirigir-se para o local a fim de constatar o que tinha sido atirado pela janela.
E foi com espanto que, ao desatar o nó do saco de plástico, deparou-se-lhe um cachorrinho, ainda bébé, que gania alto.

O homem em causa, de 1,87 m de altura e bem constituído, refeito do espanto e da surpresa, sentiu uma revolta surda que o dominou por completo. Entrou no carro de novo com o cão bébé e arrancou em alta velocidade pela estrada que seguia, tendo conseguido alcançar, ao fim de 15 minutos, a viatura de onde o cachorrinho houvera sido lançado para fora e, numa manobra abrupta mas rápida, fez a ultrapassagem necessária para logo de imediato proceder a uma travagem a fim de conseguir a imobilização da viatura em causa. O que sucedeu.»

Saindo do seu automóvel, o homem dirigiu-se para a porta do pendura com o cachorrinho bébé e, para seu espanto, viu que a pessoa em causa era uma mulher.

 - Este cachorrinho é seu, não é verdade? -, perguntou ele.
- Não. Deve estar enganado - , respondeu ela.
- Não estou enganado. Vi-a a atirá-lo pela janela fora quando seguia atrás de vós - , continuou ele.

A mulher nada disse, fechando-se num mutismo próprio de quem se sentira apanhada.  
Acto contínuo o homem abriu a porta do carro onde ela se encontrava sentada e desferiu duas sonoras e não menos violentas bofetadas no seu rosto. Um homem, que seria o marido da mesma, abre a porta da viatura a fim de tirar o desforço devido e só não fez mais nada porque ouviu a seguinte frase: " A tua mulher levou duas chapadas mas tu, se avanças, não ficas direito ". O marido da senhora resolveu prudentemente fechar a porta do carro e quedar-se no interior.

O homem que tinha o cachorrinho, com voz calma mas que revelava profunda emoção, olhando para a senhora rematou de forma pausada: "É bem verdade que quem não gosta de animais não pode gostar de pessoas".

O cachorrinho é hoje uma linda cadela de três anos de idade, bem tratada, querida e meiga. O dono dela é o nosso homem que se viu em grandes dificuldades para amamentá-la a biberão em intervalos de duas horas até às seis semanas de vida.

Direitos dos animais? Respeito pela vida? Reconhecimento que a vida é algo que não nos pertence? Tudo isso são conceitos estranhos para uma grande e significativa parte dos homens e mulheres deste mundo.
Não podemos, desta forma, admirar-nos do que os homens fazem aos seus semelhantes, porque, na verdade, quem não gosta de animais não pode gostar de pessoas.»


.

Sem comentários: