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O PÂNDEGO ESTÁ TRANQUILO

Quando o Costa telefonou à mãe a dizer: "Mãezinha, estou no meu gabinete em S. Bento, sou o primeiro-ministro", publiquei aqui uma serie de posts numerados, porque tinham todos os mesmo título - "Não vou levar isto a sério". Já não sei sobre o que versavam mas, pelo menos, a forma de encarar a recém-parida geringonça era realista, o Costa é de facto um pândego!

Hoje o Costa saiu-se com esta:

«O país respira um clima de tranquilidade, com as famílias e as empresas a já não viverem no sobressalto do que poderá acontecer no dia seguinte». «Demos paz ao Tribunal Constitucional e há um excelente clima de relações institucionais entre o Governo, o Presidente da República, a Assembleia da República, os demais órgãos de soberania»
Na sexta-feira passada o Jerónimo resvalava um bocadinho desta visão harmoniosa; de manhã votava o O.G.E , pois que chatice lá terá de ser, à tarde juntava a sua à voz dos outros que, em greve da Função Pública, proclamavam "a luta continua" mostrando, o Jerónimo, que está conivente mas não morto.


ESQUERDA ENFRENTA REVOLUCIONARIAMENTE O GOVERNO
Já aquela rapariga Mortágua, referindo-se ao O.G.E. - 2017, se queixava de «divergência clara entre o B.E. o o governo» enquanto a doce Catarina afirmava haver espaço para negociações, que o governo dizia não haver verba mas o B.E. achava que sim, é tudo uma questão de redistribuição. Ou será que ela queria dizer "reprodução"?

O Tribunal Constitucional está como quer, finalmente deixou de ser líder da oposição e o Presidente da República está como gosta, finalmente é líder de alguma coisa.

"O país respira um clima de tranquilidade", diz o pândego...
Então não? Está tudo caladinho, até a greve da F.P., como sempre à sexta-feira, teve uma adesão abaixo dos 21%... Só se discorda parcialmente (que é como quem diz "em parcialidade")

Agitando a tranquilidade, mas não muito porque ninguém liga a isso, veio ontem a rapaziada do Banco de Portugal publicar dados que demonstram que:
«A dívida pública portuguesa manteve a tendência de agravamento no terceiro trimestre deste ano, atingindo o valor mais elevado pelo menos desde 2007.» (133%)
 Está bem, pá, mas isso são contingências do crescimento económico, o povo é sereno.


Tendo em conta que o O. E. - 2016 tinha inscrito um valor de 127,7% do PIB para a dívida;
Foi depois revisto em alta no O.E. - 2017 para 129,7%;
Parece contar-se com uma descida de mais de três pontos percentuais nos últimos três meses deste ano...
Será que a "taxa Coca-Cola" chega para isso? Bem... Não sei... O Costa não me parece mais magro...

Pelo sim, pelo não, o sorridente Centeno dizia hoje numa entrevista ao jornal alemão "Bild" que é preciso iniciar a discussão do alívio da dívida da Grécia.

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