Estava eu a pilotar o meu forno à espera que o rolo de carne acabasse de assar quando me chega uma voz aos ouvidos, vinda da TV, num tom exacerbadíssimo que "Não há descontrolo orçamental. Não, não há".
Céus! Quem tanto assim se exacerba??? - pensei eu desviando o olhar do forno...
Fui ver, era o António Perez Metelo
(e eu a pensar que era algum secretário das Finanças, algum porta-voz da Economia)
Lá me lembrei de fechar a boca antes que entrasse mosca ou saísse qualquer impropério.
«Neste ano, aquilo que está acordado com a Comissão Europeia, e portanto está validado, é que a redução se faz quase integralmente pelo lado da receita», explicou Perez Metelo no «Jornal Nacional». (Já demos por isso...)OK, NÃO HÁ CRISE...
Por isso, «não há surpresa nenhuma em a despesa ser maior», adiantou, referindo-se aos dados da execução orçamental referente a Agosto. (Surpresa não há, já sabemos com o que contamos...)
Perez Metelo explicou que embora a «despesa continue demasiado alta», o seu «crescimento está a perder força de mês para mês». (Aqui gargalhei a bom gargalhar, até pareço eu depois de passar o meio do mês: não é contensão, é "falta de tempo")
.../... e adianta que todos os economistas que falam em descontrolo das contas públicas «defendem um outro caminho, teoricamente possível, que é cortar na despesa e não ter feito algumas subidas de impostos."
(É teoricamente possível cortar nas despesas e não ter subido alguns impostos ??? Ele há coisas...)O artigo AQUI"A despesa este ano de 2010 até foi muito modesta, é residual"
"Está aqui tudo (na tabela), é só fazerem as contas"
"A despesa ainda está demasiado alta .../...mas isso deve-se, segundo o ministério da Finanças, às devoluções de IRS, IRC e Municipais que foi feito muito mais cedo"
"Eu prevejo que o deficit vá ficar abaixo dos 7,3%"
"No próximo ano... aí é que a porca torce o rabo"
"Eu não escondo que há um outro caminho... Um caminho mais forte na redução das despesas e de alívio das famílias e das empresas"
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