Lembram-se de um personagem do Livro de Jorge Amado "Gabriela Cravo e Canela" denominado Argileu Palmeiras e que tem a particularidade de se apresentar da seguinte forma:
"Argileu Palmeira, baixareis; Já lhe dei o meu cartão?"
Lembro-me muitas vezes dele, sobretudo nas cenas da novela "Gabriela", quando oiço aqueles tipos, e tipas, que se apresentam ou anunciam como Dr Fulado ou Engª Cicrana.
Hoje a Sandra enviou-me um "e-mail" em que refere um tipo, primo do Argileu por supuesto, que se anuncia numa rua de Lamego conforme a imagem abaixo o documenta e que dispensa explicações
Cada um é para o que nasce...
(Eu não quero ser mázinha mas tenho cá para mim, após atentar no "design" da tabuleta, que esta já foi encomendada com a ideia de um dia vir a servir de lápide para que nem a morte o separe de dar a saber quem é, quem foi, o que foi.
Ou isso ou a "Servilusa" anda a fazer tabuletas muito em conta...)
Ou isso ou a "Servilusa" anda a fazer tabuletas muito em conta...)
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Mas isto de "e-mails" recebidos hoje
não fica por aqui.
não fica por aqui.
Esta tem muito menos graça e revela um personagem muito mais esperto.
O Pedro enviou este desabafo em forma de aviso e, embora tenha dito que a mensagem é pessoal e não se destina a ser repassada, salvaguardando os pormenores pessoais deixo aqui o fulcro da questão porque me parece importante que seja conhecido, sobretudo pelas "cabeças no ar" como eu;
Se deixo a história toda, e não apenas uma frase de aviso, é porque sei que não é de forma alguma tão eficaz para se reter na memória uma situação que nos cria um alerta mental. Sem mais explicações pois também as dispensa
«... constatei que tinha perdido as chaves (do escritório, de casa, e algumas que já nem sei de onde).
Regressei à pastelaria para ver se as tinha perdido lá, e pelo caminho fui olhando para o chão; nada.
Quando regressei ao escritório, constatei que tinha o casaco do fato sujo na manga; nada de especial, não fora ele ter vindo da lavandaria na véspera.
Outro facto estranho, foi a minha carteira ter migrado do bolso interno do casaco para o bolso externo. Isso eu tinha reparado ainda na pastelaria, mas pensei na altura dever-se a uma distracção minha e ao facto de ter um tabuleiro nas mãos quando a guardei.
No entanto, a conjugação destas 3 anomalias, fez-me pensar que algo estava errado:
1- Nunca na vida perdi nada
2- O casaco devia estar limpo, o que significa que caiu ao chão sem eu ver.
3- Nunca ponho a carteira no bolso de fora do casaco, especialmente se o bolso já está ocupado com tabaco, isqueiro e chave do carro, deixando a carteira meio de fora.
Resolvi analisar a carteira com mais cuidado; não faltava nada; estavam lá os Euros que tinha, os cartões de crédito, etc;
De repente vi "um espacinho" entre os cartões; faltava 1 deles, o 2º da "fila" - se fosse o 1º ou o último, nunca daria conta.
Rapidamente percebi que era a Carta de Condução - o único documento oficial em que está explícita a minha morada completa, o que a par com o desaparecimento das chaves tornou a situação bastante grave.
Menos de 1 hora depois do furto já estava em casa, bem como um polícia da Esquadra local, para onde telefonei imediatamente.
Cerca de 3 horas depois, estava mudada a fechadura de segurança, tanto de casa como do escritório.
O método é "brilhante"; quando se perdem as chaves, quem se lembra de ver se tem a Carta de Condução?
Provavelmente só ia relacionar as coisas quando encontrasse a casa vazia.»
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