«Afinal há dois textos diferentes do acordo entre Portugal, o Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e o Banco Central Europeu. José Sócrates afirma que os partidos tinham conhecimento da existência de dois documentos, Passos Coelho diz que não»
«O Ministério das Finanças confirmou que existem "ajustamentos pontuais" entre a versão preliminar do texto e a versão final do acordo, apresentado no Ecofin a 17 de maio.
A notícia avançada pela SIC Notícias foi confirmada pelo Ministério das Finanças.
A primeira versão do acordo foi assinada no dia 3 de Maio, às 13h40 minutos, pelo Governo socialista. Relativamente a este texto, o PSD e o CDS enviaram cartas à troika comprometendo-se a aplicar as medidas caso façam parte do novo governo saído das próximas eleições.
No entanto, o texto final do acordo, assinado entre a república portuguesa e a Comissão Europeia na cimeira de 17 de maio, em Bruxelas, é diferente.»
.../...O primeiro-ministro, José Sócrates, disse que os partidos tinham conhecimento da existência de dois documentos relativos à ajuda externa a Portugal e explicou que na reunião do Ecofin de 17 de maio procedeu-se a uma compatibilização dos mesmos.
Em declarações à SIC, José Sócrates explicou que foram "assinados pelo Governo português e também pelos partidos", PSD e CDS-PP, "dois documentos", um com a Comissão Europeia e outro com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Depois, adiantou, na reunião do Ecofin, de 17 de maio, foi realizada uma "actualização" do documento da Comissão, tendo em vista "compatibilizá-lo" com o do FMI.» In "Visão" - 27 Maio, 2011
A versão de Passos Coelho
«Na sua intervenção, o presidente do PSD referiu que, segundo o executivo do PS, "afinal, havia um documento com o Fundo Monetário Internacional e havia outro com a União Europeia e que se tiveram de juntar os dois, e que, portanto, teve de haver umas adaptações".
Passos Coelho acrescentou que "já não há paciência para as desculpas tão esfarrapadas que este Governo dá".
O presidente do PSD reiterou que "o acordo que foi assinado pelo Governo e publicado no Ministério das Finanças não seja o mesmo que foi comunicado ao país e aos partidos da oposição" e perguntou como é que isso é possível.» in Sic Notícias - 27 Maio, 2011
Ok, se o chefe do Executivo diz que que foram "assinados pelo Governo português e também pelos partidos", PSD e CDS-PP, "dois documentos" a questão é fácil de resolver:
José, porreiro pá, mostra os dois documentos assinados pelos partidos que compareceram às reuniões.
MOSTRA, MOSTRA, MOSTRA!
Há no entanto um pequeno pormenor que me cria um ligeiro sobressalto na mente:
Sendo a "Troica" contituída pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu ,
tendo as reuniões do Executivo, e partidos que aceitaram estar presentes, sido com estas três organizações, simultaneamente,
por que raio « havia um documento com o Fundo Monetário Internacional e outro com a União Europeia foi realizada uma "actualização" do documento da Comissão, tendo em vista "compatibilizá-lo"» ??????????????
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2 comentários:
Boa pergunta e boa solução. É mesmo caso para dizer mostra!
Pois, mas não sei porquê acho que ele não mostra... É um tipo tímido.
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