Têm algumas almas mais sensíveis estranhado a minha falta de assiduidade aqui ao Real Gana, especialmente em dias tão frutíferos como aqueles que estamos vivendo no nosso cantinho nacional.
Vai José e diz: «quando um Governo não tem Orçamento também não tem condições para governar» «Quem provocar uma crise orçamental provocará uma crise política».
Todo o país comenta - mas não eu...
As contas não batem certo com nada
(ainda haverá quem esperasse que batessem certo fosse com o que fosse que tivesse sido apresentado anteriormente pelo executivo vigente?).
Há um buraco do tamanho da légua da Póvoa e ninguém explica
(a verdade é que há coisas que, per si, não têm explicação).
Depois vem José e diz que nunca disse.
(Houve quem explicasse que José é bipolar. Pode ser isso...)
E a oeste, algo de novo?
Ah sim, de novinho a estrear temos 23% de IVA.
Cá por mim acho que se deviam deixar de fitas e punham desde já essa coisa do IVA a 25%
que saía a conta mais arredondada e sabíamos logo quanto é que estávamos a dar para o BONI (Buraco Orçamental Não Identificado): um par de peúgas 20 euros, 5 deles - mil paus - p'ró BONI... . Prontus, a gente entende-se logo, agora isso dos 23% é uma confusão que só dificulta a vida ao povo, por causa da conta... de resto a malta aguenta, percebe, paga e, como é bom de ver, nem refila, muito menos pede as contas do livrinho do Deve/Haver.
Bem, voltando ao que interessa, acontecem estas e outras, muitas outras, e eu caladinha.
"Então Alex, estás bem?", perguntaram as almas sensíveis preocupadas.
Não, não estou.
Foi o meu malvado dente que tantas amarguras me tem dado desde meados de Agosto.
Já a 28/08, a meio de um "post", comentei de passagem:
Além de uma "Telha" que me deu, não muito grande, mas q.b., deu-me também uma maléfica dor de dente que me tem corroído até à alma.De então para cá a coisa equilibrou com doses cavalares de antibióticos e adjuvantes costumeiros mas a maléfica dor voltou sem timidez alguma.
Disse-me o Sr. Dr. que «nesse não se abre nem se mexe, medica-se e aguarda-se».
Eu... caladinha que nem um rato, vociferando para dentro e cortando o silêncio de vez em quando com uns "Ais" e uns "Uis" com o seu quê de sexys.
Na sexta-feira passada lá fui eu cheia de coragem cortar o mal pela raiz, literalmente.
Foi uma estreia... Quatro picas de anestésico depois e muitas lágrimas a galgarem-me os olhos sempre fechados, o Dr, com evidente embaraço anunciou-me:
"O seu dente já cá está fora... mas... (suspiro engasgado) têm aí um quisto colado ao nervo que já lhe está a danificar o maxilar..."
Gelei. "E tem de ser hoje?", perguntei eu respirando devagar e limpando as lágrimas. Pois, tinha de ser, não fosse o bicho infectar.
Liberta do dente, do quisto, dos resquícios do quisto e uma raspagem depois, meti-me no carro e rezei para conseguir chegar a casa sem embater em nenhum dos "cavalinhos azuis" que via a voarem em torno da minha cabeça.
Às vezes estar vivo dói que se farta.
Zé Sócrates? Orçamento? República?
"Let me be" qu'eu t'ou a ver cavalinhos azuis... amarelos... cor-de rosa...
Ainda tenho dores, ainda ando a "chutar" anti-inflamatórios como se tivesse a envergadura de um estivador, ainda quero é que me deixem estar.
Mais cavalinho menos cavalinho isto há-de passar.
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