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ISTÉKÉMABESTA

Decorria a conferência de imprensa conjunta de Trump e Keir Starmer após uma reunião na Sala Oval e um simpático almoço que foi referido como "proveitoso com enorme trabalho desenvolvido pelo primeiro-ministro britânico"

TRUMP: «As taxas (comerciais) são necessárias porque fomos tratados de forma muito injusta por muitos e muitos países, incluindo os nossos amigos, e inimigos, temos sido tratados muito injustamente no comércio a níveis que que nunca ninguém tinha visto antes e especialmente sob o comando da Administração Biden, eles realmente aproveitaram-se dos Estados Unidos»
Não. As taxas (comerciais) são necessárias porque o partido republicano, ou seja, Trump, se comprometeu, com a mais alta finança dos EUA, a reduzir as suas contribuições fiscais para valores ridiculamente, moralmente, insustentavelmente baixos ou mesmo nulos como aconteceu durante o seu primeiro mandato ( e Musk precisa de muito dinheiro a ser investido no seu megalómano projecto marciano)
Depois veio a salganhada de egocentrismo e mentiras habitual:
TRUMP: «Durante os meus quatro anos tivemos a melhor economia do mundo, na história do nosso país,  provavelmente a melhor economia, talvez a melhor economia na história do mundo mundo. Utilizei tarifas para equilibrar as coisas e, em particular com a China, recebemos centenas de biliões de dólares e não tivemos inflação e isso é um mito, é um mito que é divulgado por países estrangeiros  que realmente não gostam de pagar tarifas e, especialmente para equilibrar, fomos maltratados por muitos países a usar tarifas e eu acho que apenas têm de olhar para os números, mas eu acho que que não se trata de inflação, mas sim de justiça e a inflação, para nós, não existiu e não creio que vá existir»
A inflação acumulada ao longo da presidência de Trump foi de cerca de 7,8%, antes das repercussões de desaceleração económica provocada pela epidemia Covid e sem apoios à Ucrânia cuja guerra só veio a ter início em Fevereiro de 2022

Quando Trump diz "obrigado" aos jornalistas e se prepara para acabar a festa, Starmer aproveita a brecha:
STARMER:  «Olhem que tivemos uma discussão muito boa e produtiva, uma boa discussão em resultado da qual as nossas equipas vão agora trabalhar em conjunto num acordo económico, a nossa equipa vai trabalhar em conjunto sobre a segurança na Ucrânia;  como referiu Canadá, acho que estão a tentar encontrar uma divisão entre nós que não existe, somos as mais próximas das Nações e tivemos discussões muito boas hoje mas não discutimos o Canadá... »



Trump: «That's enough» 

- * Acabou a conversa, fim de papo, vão pra casa * -

Sir Keir Starmer tem duas características: é inglês... e, além de ser inglês, é irrepreensivelmente polido como só um inglês consegue ser (seguido de perto pelos nórdicos). 
A Sir Keir Starmer nunca passaria pela cabeça pôr a mão na perna de presidente dos EUA e dizer com o seu melhor sorriso "Para ser franco isso não é assim", como fez Macron mantendo a pose e a simpatia. 
A Sir Keir Starmer não passou pela cabeça replicar um - "No, no, no, let me finish please" - e arriar uma giga histórica. Ficou estupefacto, tentou perceber se tinha ouvido bem, se o presidente dos Estados Unidos tinha de facto dito "Já chega". Foi o primeiro encontro entre ambos, não, não é fácil acreditar.
Sir Starmer foi portador de uma carta de Carlos III contendo um convite a Trump para uma visita a Windsor. Talvez o rei deva relembrar (ou informar?) Trump de que também é rei do Canadá, mesmo correndo o risco de Trump o mandar calar

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