Antes de falar de Zelensky...
de trump, de vance e da reunião da Casa
Vermelha Branca
Falemos de Nikolai Platonovich Patrushev
Nikolai Patrushev nasceu em Leningrado, actual São Petersburgo,1 ano e dois meses antes de Vladinir Putin; nasceram e cresceram na mesma cidade, talvez se tenham cruzado, talvez tenham jogado à bola.
Em 1970 conheciam-se, ambos trabalhavam para o KGB em Leningrado. Patrushev acabou por se tornar chefe da unidade local de combate ao contrabando e à corrupção
Após o colapso da União Soviética, Patrushev continuou a trabalhar nos serviços de segurança
1992 - foi Ministro da Segurança da República da Carélia,
1994 - foi para Moscovo como chefe da Direção de Segurança Interna do Serviço Federal de Contra- Inteligência (FSK).
1995 - tornou-se chefe-adjunto do Departamento de Organização e Inspecção do FSB.
1998 - foi chefe da Direcção de Controlo do Estado-Maior Presidencial;
- foi vice-chefe do Estado-Maior Presidencial;
- foi nomeado diretor-adjunto o FSB e chefe da Direção de Segurança Económica.
1999 - tornou-se primeiro diretor-adjunto do FSB.
- um decreto do Presidente Boris Yeltsin promoveu-o a director do FSB, substituindo o seu amigo Vladimir Putin, acabado de ser nomeado um dos três primeiros vice-primeiros-ministros e, nesse mesmo dia, foi nomeado primeiro-ministro interino do Governo da Federação Russa pelo Presidente Ieltsin que anunciou também que queria ver Putin como seu sucessor; ainda no mesmo dia, Putin aceitou candidatar-se à presidência, e o resto é história
Ora bem, posto isto é indiscutível que Nikolai Patrushev não é propriamente o "Chico da esquina" e o que diz não é exactamente "conversa fiada"
As eleições presidenciais nos EUA decorreram a 5 Nov. 24
Ora bem... E o que disse esta iminente figura uma semana depois, a 12 Nov ? Disse assim:
«Nós russos, pusemos Trump no poder, ele deve-nos um retorno.
Para obter sucesso nas eleições, Donald Trump apoiou-se em determinadas forças para com as quais tem obrigações correspondentes. Como pessoa responsável, será obrigado a cumpri-las. Durante o período pré-eleitoral, fez muitas declarações para atrair os eleitores para o seu lado, que acabaram por votar contra as políticas externas e internas destrutivas levadas a cabo pela atual administração presidencial dos EUA. Mas a campanha eleitoral terminou e, em Janeiro de 2025, será a vez das acções concretas do presidente eleito. É sabido que as promessas eleitorais nos Estados Unidos podem muitas vezes divergir das acções subsequentes.» Nikolai Patrushev, 12 Nov. 2024 - https://www.kommersant.ru/
A título de mera curiosidade, o jornal russo que publicou a entrevista de Patrushev em Novembro, hoje, 28 Fev. tem a elucidativa manchete aí ao lado
Não se me oferecem comentários
Posto isto...
Depois do que foi hoje dado ao mundo a apreciar por que raio iria a a minha humilde pessoa gastar o seu latim, e o seu "francês" - se bem me faço entender - a comentar, opinar, ignominiar, o que é mais do que evidente. Já me chegou esta tarde... Um sentimento de impotência, a raiva, a revolta batendo às portas do ódio... "Dá-me um whisky, estou a hiper-ventilar". E nas consequências não me apetece pensar, não posso fazer nada, não tenho decisões a tomar, felizmente.
O inquilino da Casa Branca queixou-se de "falta de respeito“... Como se soubesse o que é Respeito.
Chateou-o a camisola militar do presidente da Ucrânia, preta, pelo seu povo. Aaai...
Sobre Volodymyr Olexandrovytch Zelensky,
o grande Volodymyr, o corajoso Volodymyr, o carismático Volodymyr, depois do que foi hoje dado ao mundo a apreciar, não é preciso dizer seja o que for, ficou tudo dito;
trump: «Tens de estar agradecido, não tens as cartas»,
Volodymyr Olexandrovytch Zelensky:
« Eu não vim aqui jogar às cartas».
Ponto.
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Apenas os primeiros, muitos outros se seguiram
Primeiro-Ministro polaco Donald Tusk: “Caro Zelensky, caros amigos ucranianos, não estão sós”.
- Presidente da Lituânia Gitanas Nausea: “Ucrânia, nunca caminharás sozinha.”
- Primeiro-ministro da Dinamarca, Mette Frederiksen: “Caro Zelensky, a Dinamarca está orgulhosamente ao lado da Ucrânia e do povo ucraniano”.
- Presidente francês Emmanual Macron: "Há um agressor: a Rússia. Há um povo que está a ser agredido: os ucrânianos Fizemos bem em ajudar a Ucrânia e em sancionar a Rússia há três anos e em continuar a fazê-lo. Nós, os americanos, os europeus, os canadianos, os japoneses e muitos outros... Porque estão a lutar pela sua dignidade, pela sua independência, pelos seus filhos e pela segurança da Europa".
- Presidente da Moldávia, Maia Sandu: "A verdade é simples, a Rússia invadiu a Ucrânia. A Rússia é o agressor. A Ucrânia defende a sua liberdade - e a nossa. Estamos com a Ucrânia".
- Primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson: "A Suécia está com a Ucrânia. Não estão apenas a lutar pela vossa liberdade, mas também pela liberdade de toda a Europa. Slava Ukraini! "
- O próximo Chanceler alemão Friedrich Mer: "Caro Zelenskyy, estamos ao lado da Ucrânia nos bons e nos maus momentos. Não devemos confundir o agressor e a vítima nesta guerra terrível."
- O primeiro-ministro da Croácia: "O Governo croata mantém-se firme na sua convicção de que a Ucrânia precisa dessa paz - uma paz que signifique soberania, integridade territorial e uma Europa segura."
- Primeiro-Ministro da Finlândia, Petteri Orpo: "A Finlândia e o povo finlandês apoiam firmemente a Ucrânia. Continuaremos a dar o nosso apoio inabalável e a trabalhar para uma paz justa e duradoura."
- Kristen Michal, Primeiro-Ministro da Estónia: "Estamos unidos a Zelenskyy e à Ucrânia na nossa luta pela liberdade. Sempre. Porque é correcto, não porque é fácil".
- Simon Harris, Vice-Primeiro-Ministro da Irlanda: "A Ucrânia não tem culpa desta guerra provocada pela invasão ilegal da Rússia. Estamos do lado da Ucrânia".
- Edgars Rinkevics, Presidente da Letónia: "A Ucrânia é uma vítima da agressão russa. Combate a guerra com a ajuda de muitos amigos e parceiros. Não devemos poupar esforços para alcançar uma paz justa e duradoura. A Letónia está ao lado da Ucrânia"
- Primeiro-Ministro dos Países Baixos Dick Schoof: "Os Países Baixos apoiam a Ucrânia com a mesma firmeza de sempre, agora mais do que nunca. Queremos uma paz duradoura e o fim da guerra de agressão iniciada pela Rússia. Para a Ucrânia e o seu povo, para a Europa."
- Luc Friedsen, Primeiro-Ministro do Luxemburgo: "O Luxemburgo está ao lado da Ucrânia. Estão a lutar pela vossa liberdade e por uma ordem internacional baseada em regras. O Ocidente está do lado do heroico Zelensky. Trump está do lado maligno"
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