Não é assunto sobre o qual perca dois minutos a debruçar-me mas tenho a vaga ideia de que não é "politicamente correcto" tomar partido por Israel; são uns brutos, uns assassinos.
Estou-me nas tintas para o "politicamente correcto", para dizer a verdade nem sei bem o que isso é, parece-me um cata-vento que varia com o posicionamento político, social, cultural, etc. Logo não existe.
- Existe um bloqueio marítimo a Gaza porque o Hamas bombardeou alvos civis israelitas.
- Este direito natural dos Estados é uma das duas excepções da proibição de uso de força, em conformidade com a carta das Nações Unidas. (O segundo é a utilização de força autorizada pela ONU.)
- Quando existe um bloqueio marítimo, nenhum navio, civil ou militar, pode entrar na zona de bloqueio, águas internacionais incluídas.
- O direito internacional reconhece que um navio que viole o bloqueio pode ser capturado ou atacado.
- Israel comunicou a diversos países envolvidos, através das embaixadas, que não autorizava navios na zona de bloqueio.
Ai de Israel se se desse ao luxo de perguntar "Quem é" antes de atirar; mais, se se desse ao luxo de pensar que podia perguntar. Israel tem de saber "quem lá vem" antes de seja quem for pensar em chegar. E sabe.
Abaixo encontra-se um pequeno vídeo no qual se vê um contentor de "mantimentos" destinados a Gaza que foi interceptado por Israel. (NOV.2009)
O mínimo que se poderá dizer é que aquela gente tem uma dieta muito estranha.
Claro que, lateralmente, há um povo que está a ser vítima de um embargo e de um controlo acérrimo.É verdade.
Não é menos verdade porém que não é Israel que os está a "lixar": quando os "pacifistas" desistirem de fazer passar armas nos comboios de víveres e medicamentos talvez as pessoas que são tratadas como pretextos recebam aquilo de que necessitam.
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Entretanto chegou-me, por e-mail, um relato muito vivido da autoria de uma médica militar israelita de origem brasileira que faz uma boa fotografia, manipulada ou não, cabe a cada um saber no que quer acreditar.
Como sempre que posso, porque a experiência vai-nos ensinando, fiz uma pequena busca sobre a autora do relato: Ana Luiza Tapia. Todos os dados que podemos desejar se encontram facilmente disponíveis, do "Facebook" ao "Twiter" passando por diversos meios de comunicação social, fundamentalmente imprensa, a diversíssimos blogs.
O que é que isso prova? Nada de especial, quando muito que a senhora existe e que fez o relato (sim, já sei, e mesmo assim isso é discutível... mas eu não vejo assim tantos filmes sobre a Mossad)
Fica o relato, e "links," para quem possa estar interessado.
«Shalom, meus amigos.
Primeiro quero agradecer a todos os e-mails preocupados. Eu estou bem, ótima. Peço desculpas por não escrever freqüentemente, mas no exército é assim. Não temos tempo para nada.
Sei que todos já estão cansados de ouvir falar do que aconteceu em Gaza nesta semana, mas como ouvi muitas asneiras por aí, resolvi contar a vocês a minha versão da história.
Eu não quero que pensem que virei alguma ativista ou algo do gênero. Eu continuo a mesma Ana de sempre. Mas por ter feito parte desse episódio, não posso me abster de falar a verdade dos fatos.
Eu estava lá! Ninguém me contou, não li no jornal, não vi fotos na Internet ou vídeos no Youtube. Vi tudo como foi mesmo, ao vivo e em muitas cores.
Estou servindo como Médica na Medicina de Emergência do Exército de Israel, especificamente no Departamento de Traumas, o que significa Medicina em Campo.
04:30h da manhã de segunda-feira, 31 de maio, meu telefone do exército começa a tocar. Possíveis conflitos em Gaza?
[Tratava-se de] pedido de ajuda da Força Médica, para garantir que não faltariam médicos. As ordens para mim eram: Aprontar-me rapidamente e pegar suprimentos. O helicóptero viria me buscar na base.
No caminho, me explicam a situação: Havia um navio da ONU (sic) tentando furar a barreira em Gaza. Li todos os registros fornecidos pela inteligência do Exército (até para entender as dimensões da situação).
1. O navio se aproximou da costa a caminho de Gaza. O acordo entre Israel e a ONU é que TODOS os barcos devem ser inspecionados no porto de Ashdod, em Israel, e todos os suprimentos devem ser transportados pelo NOSSO exército até Gaza.
Isso porque ainda hoje, cerca de 14 mísseis são lançados por dia de Gaza contra Israel. E não podemos permitir que mais armamento e material para construção de bombas seja enviado ao Hamas, grupo terrorista que controla Gaza. Dessa forma, evitamos uma nova guerra. Ao menos por enquanto.
2. O navio se recusou a parar. Disseram que eles mesmos entregariam a carga a Gaza.
3. Assim, diante de um navio com 95% de civis (os outros 5% são ativistas de grupos terroristas aliados ao Hamas, que tramaram toda essa confusão), Israel decidiu oferecer [uma alternativa] aos comandantes do navio: Que a inspeção fosse feita em alto mar. Mandaríamos soldados para inspecionar o navio e, se não tivesse armamento, eles poderiam seguir rumo a Gaza.
Essa foi uma atitude extremamente pacifista do nosso Exército, em respeito aos civis que estavam no navio. E, se não havia armamento, que problema teria se ele fosse inspecionado?
4. Os comandantes do navio concordaram com a inspeção.
05:00h da manhã. Chego a Gaza, exatamente no momento em que os soldados estavam entrando nos barcos. Eles foram então GRATUITAMENTE ATACADOS: tiveram suas armas roubadas, foram espancados e esfaqueados.
Mais soldados foram enviados, desta vez para controlar o conflito. Das cerca de 50 pessoas que se envolveram no conflito, 9 morreram. Morreram aqueles que tentaram matar nossos soldados, aqueles que não eram civis pacifistas da ONU, mas sim militantes terroristas que comandavam o grupo.
Os demais feridos, 22 pessoas entre passageiros e tripulantes, foram ATENDIDOS E RESGATADOS POR NÓS. EU E MINHA EQUIPE. A seguir, todos foram enviados para os melhores hospitais em Israel.
Entre nós, os israelenses, havia 9 feridos por tiros, facadas e espancamento. Um dos nossos ainda se encontra em estado gravíssimo, com concussão e 6 tiros no tronco.
Eram meninos entre 18 e 22 anos, que tinham ordem para INSPECIONAR um navio SEM AGREDIR NINGUÉM! E [eles] não o fizeram. Israel não disparou nem o primeiro e nem o segundo tiro.
Fomos punidos por confiar num suposto pacifismo da ONU. Se soubéssemos das intenções do grupo, jamais teríamos enviados nossos jovens, praticamente desarmados, para dentro daquele navio. Eles teriam sido atacados em pleno mar e agora todos os que levantam a voz contra Israel estariam lá, no fundo mar.
5. Depois de atender aos nossos soldados, me juntei a outra parte da equipe que já cuidava dos passageiros e tripulantes do navio. E mesmo portando braceletes onde a palavra MÉDICO estava escrita em quatro idiomas diferentes (Inglês, Turco, Árabe e Hebraico), com estetoscópios no pescoço, também a nós eles tentaram agredir! Um deles cuspiu no nosso cirurgião enquanto outro deu um soco na enfermeira que tentava medicá-lo. ALÉM DE AGRESSORES, ELES SÃO TAMBÉM INGRATOS.
6. Trabalhei por mais de 6 horas seguidas atendendo somente passageiros e tripulantes do navio. Todo o suprimento médico e de ajuda foram fornecidos por Israel.
7. Depois do final da confusão o navio foi finalmente inspecionado. E foi constatado que estava LOTADO DE ARMAS BRANCAS E MATERIAIS PARA CONFECÇÃO DE BOMBAS CASEIRAS. Onde está o pacifismo da ONU?
8. Na terça-feira, fui visitar os nossos soldados E TAMBÉM OS FERIDOS DO NAVIO. Essa é a política que Israel tenta manter: Nós não matamos civis como fazem os terroristas árabes. Nós não nos recusamos a enviar ajuda a Gaza. Nós não queremos mais guerra. MAS, JAMAIS VAMOS PERMITIR QUE MATEM OS NOSSOS SOLDADOS.
Só alguns milionários idiotas que acham lindo ser voluntários da ONU ainda não entenderam que guerra não é lugar para civis se meterem.
Havia um bebê no barco (que saiu ileso, obviamente): Alguém pode explicar por que uma mãe coloca um bebê em um navio a caminho de uma zona de guerra? Onde eles querem chegar com isso?
ELES NÃO ENTENDEM QUE FORAM USADOS COMO FERRAMENTA CONTRA ISRAEL, E QUE A INTENÇÃO NUNCA FOI ENVIAR AJUDA A GAZA, MAS SIM DE GERAR POLÊMICA E CRIAR AINDA MAIS OPOSIÇÃO INTERNACIONAL CONTRA ISRAEL.
Estas pessoas continuam sem entender que ao dar forças ao Terrorismo do Hamas, do Hezbollah ou do Irã só significa mais perigo. E não perigo apenas para Israel, mas para o Mundo todo.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa entender que desta guerra ele não entende nada. E QUE O BRASIL JÁ TEM PROBLEMAS DEMAIS PARA SEREM RESOLVIDOS.
Saibam que tem mais gente passando fome no Brasil do que em Gaza. Tem mais gente morrendo vítimas da violência urbana no Rio de janeiro do que mortos nas guerras aqui [de Israel].
[O Presidente Lula] deveria cuidar mais dos problemas daí. Dos daqui cuidamos nós.
Eu sempre me orgulho de ser também brasileira. Mas nesta semana chorei. Chorei de raiva. De raiva por ver que, especialmente no Brasil muito mais do que em qualquer outro lugar, as notícias [chegam de forma] absolutamente distorcidas. E isso é lamentável.
Não me entendam mal. Eu não acho que todos os árabes são terroristas. MAS SEI QUE QUEM OS CONTROLA É. E que esta guerra não é só contra Israel. [Saibam que] o Islamismo prega o EXTERMÍNIO de TODO o mundo não árabe. Nós somos apenas os primeiros da sua lista negra.»
Ana Luiza Tapia é Médica das Forças de Defesa de Israel e filha de um jornalista e curador de museu. É, também, neta de sobreviventes do Holocausto.
Formada em Medicina no Brasil, Ana Luiza fez especialização em Terapia Intensiva na University of California (UCLA), nos Estados Unidos.
Em Janeiro de 2008, aos 26 anos, abriu mão das comodidades de profissional já bem sucedida no Brasil e partiu para Israel.
Segundo a própria Ana, “ao chegar a Israel não sabia uma palavra sequer em hebraico, mas sabia que queria fazer de Israel o meu lar.”
Sem amigos nem família em Israel, Ana começou a estudar Hebraico na Ulpan Etzion, do Centro de Absorção da Agência Judaica em Jerusalém.
Lá, juntamente com jovens profissionais de todo o mundo, Ana começou a aprender a língua local quando, subitamente, aconteceu algo que teria uma norme influência na sua via: Ela desenvolveu uma insuficiência renal grave.
Levada para um hospital, e sem dominar o hebraico, Ana recebeu a solidariedade e apoio dos professores e alunos da Ulpan, onde estudava. Esta experiência marcou profundamente a jovem imigrante que registou mais tarde:
“Acho incrível como a nação e o povo de Israel são acolhedores e solidários! Quando as pessoas vêem que você está sozinha, eles ajudam mesmo”.
Depois de restabelecida, e de uma rápida passagem como funcionária na filial israelita da gigante farmacêutica Abbott, Ana foi admitida no quadro de Médicos das Forças de Defesa de Israel.
Ana comentou: “Minha profissão é ajudar pessoas. E este é o momento de poder retribuir o que este país já fez por mim”.
E completou: “Se nós, judeus, não nos ajudarmos mutuamente, quem o fará?”.
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