A menos de 48h do encontro entre as delegações ucraniana e norte-americana em Jedha (A. S.) "transpira" que a assinatura do Acordo de Exploração de Minérios Raros já não é suficiente para assegurar garantias de segurança por parte dos EUA, agora também querem que a Ucrânia ceda territórios.
Ursula van der Leyen, hoje, assinalando os primeiros 100 dias do seu segundo mandato como presidente da Comissão Europeia:
«Vamos fazer avançar o plano riEUR com toda a força. A ideia subjacente é que devemos libertar todo o potencial face a ameaças concretas. O que mudou nestes 100 dias foi o novo sentido de urgência, porque algo fundamental mudou, tudo se tornou transacional, pelo que o ritmo da mudança acelerou e a acção que é necessária, tem de ser ousada e determinada»
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Poucas horas antes de declarações à imprensa na Sala Oval Trump publicou no Truth Social:
«Com base no facto de que a Rússia estar absolutamente a “esmagar” a Ucrânia no campo de batalha neste momento, estou a considerar fortemente sanções bancárias em grande escala, sanções e tarifas sobre a Rússia até que um cessar-fogo e um ACORDO FINAL DE PAZ sejam alcançados. À Rússia e à Ucrânia, dirijam-se à mesa de negociações agora mesmo, antes que seja tarde demais. Obrigado!!!»
Juntando ambas, a ameaça de sanções à Rússia e as declarações na WH, duas conclusões se podem retirar:
A transcrição de três respostas à imprensa na Sala Oval - dia 7 Mar. (último vídeo abaixo)1 - Alguém, talvez Keith Kellogg, o enviado especial norte-americano para a Ucrânia que esteve em Kyiv a 19/20 Fev, convenceu Trump a pôr a a hipótese de sanções bancárias como meio de pressionar Putin a iniciar conversações (o que me oferece uma expressão vagamente enjoada porque os EUA não têm relações bancárias nem comerciais com a Rússia)
2- Umas horitas passadas, e à rédea solta com os jornalistas, Trump esteve-se nas tintas para sanções e bombardeamentos, não se coibiu de (continuar a) defender a Rússia com a facilidade de quem tem esse vírus correndo-lhe no sangue
Min21:47 - Jornalista: “O Presidente Putin está a bombardear a Ucrânia. Ainda acredita nele quando vos diz que quer a paz?”
Presidente Trump: “Sabe, eu acredito nele. Acredito nele. Acho que estamos a lidar muito bem com a Rússia mas, neste momento, eles estão a bombardear infernalmente a Ucrânia. Francamente estou a achar mais difícil lidar com a Ucrânia, e eles não têm as cartas. Eles não têm as cartas. Como sabem vamos reunir-nos na Arábia Saudita algures no início da próxima semana e vamos e estamos a falar sobre a possibilidade de chegar a um acordo final..
Acho que, em termos de resolução final, pode ser mais fácil lidar com a Rússia, o que é surpreendente porque eles têm todas as cartas. É verdade. E estão a bombardear infernalmente o país neste momento. E eu fiz uma declaração, uma declaração muito forte. Não posso fazer isso. Não podem fazer isso. Estamos a tentar ajudá-los. Mas a Ucrânia tem de se atirar à bola e fazer o seu trabalho”.
Jornalista: “O senhor Presidente acha que Vladimir Putin está a aproveitar a pausa dos Estados Unidos na ajuda militar e nos serviços secretos à Ucrânia?
Presidente Trump: “Na verdade, acho que ele está a fazer o que qualquer outra pessoa faria. Penso que ele quer parar e resolver o problema. Penso que está a bater-lhes com mais força do que tem batido. E acho que qualquer pessoa nessa posição estaria a fazer o mesmo agora. Ele quer acabar com isto. E acho que a Ucrânia quer acabar mas não vejo.... É uma loucura. Estão a sofrer um castigo tremendo. Não percebo bem.
Jornalista: “Porque acha que nenhum outro país europeu está a oferecer um acordo de paz? Parece que ninguém se juntou à mesa para a paz, excepto vocês?
Presidente Trump: “É uma pergunta muito boa mas por vezes as perguntas não têm resposta. Eles estão numa posição muito invulgar. Não sabem como acabar com a guerra. Eu acho que sei, sim, como acabar com a guerra. Apesar da Rússia-Rússia-Rússia. Sempre tive uma boa relação com o Putin. E sabe que ele quer acabar com a guerra. Quer acabar com ela. E acho que ele vai ser mais generoso do que tem de ser, e isso é muito bom. Isso significa muitas coisas boas”.
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Em Julho de 1987 Trump, 41 anos, voa para Moscovo (URSS) a convite do embaixador soviético nos EUA, Yuri Dubinin.
Ao regressar de Moscovo, o falido Trump recebe subitamente empréstimos de 16 bancos e, sem negociação, compra o Hotel Plaza por 407,5 milhões de dólares - um preço recorde para um hotel.
Actualmente, três antigos agentes do KGB - Alnur Mussayev, antigo oficial do KGB e ex-chefe dos serviços secretos do Cazaquistão, o ex-agente do KGB Yuri residente actual nos EUA, o ex-agente do KGB Sergei Zhyrno residente em França - . afirmam que Trump foi recrutado pela Rússia. Alegam que o KGB utilizou a lisonja e as oportunidades de negócio para apelar às ambições de Trump, com o objectivo de o recrutar como um trunfo.
Após o seu regresso aos EUA, o então apolítico Trump começou a criticar fortemente a NATO, publicando um anúncio de página inteira no The Washington Post em 2 de Setembro de 1987, que continha uma carta aberta escrita por si proclamando que os EUA estavam a desperdiçar dinheiro a proteger aliados que “não podem dar-se ao luxo de se defender”.Nenhum destes antigos agentes do KGB forneceu provas directas mas o facto de três agentes, falando em momentos diferentes e a partir de locais diferentes, contarem a mesma história sugere uma forte probabilidade
Já em 2014, 2 anos antes da primeira candidatura de Trump à presidência, o seu casino de Atlantic City faliu. Trump tinha uma dívida de 4 mil milhões de dólares após a falência. Nenhum banco norte-americano lhe quis tocar. Então começou a entrar dinheiro estrangeiro através da Bayrock. A Bayrock era gerida por dois investidores: Tevfik Arif, um ex-funcionário soviético nascido no Cazaquistão, que recorria a fontes inesgotáveis de dinheiro da antiga república soviética, e Felix Sater, um homem de negócios nascido na Rússia que se tinha declarado culpado, na década de 1990, de um enorme esquema de fraude com acções envolvendo a máfia russa. A Bayrock - Bayrock Group LLC, localizada no 24º andar da Trump Tower - associou-se a Trump em 2005 e injectou dinheiro na organização Trump sob o pretexto legal de licenciar o seu nome e a gestão de propriedades.Frequentemente ignorado é o facto de a máfia russa ser parte integrante dos serviços secretos russos. A Rússia é um Estado mafioso. Não se trata de uma metáfora, Putin é o chefe da máfia.
Em 1984, David Bogatin - um mafioso russo, condenado e aliado próximo de Semion Mogilevich - o cérebro por detrás da máfia russa - encontrou-se com Trump na "Trump Tower" logo após a sua abertura. Nessa reunião, Bogatin comprou cinco condomínios a Trump. Esses condomínios foram mais tarde apreendidos pelo governo, que alegou terem sido utilizados para lavar dinheiro para a máfia russa. (NY Times, 30 de Abril de 1992). Há décadas que os agentes de Mogilevich utilizam o património imobiliário de Trump para branquear dinheiro, ou seja, operacionais da máfia russa fazem parte da fortuna Trump há muitos anos, muitos deles são proprietários de condomínios nas "Trump Towers" e noutras propriedades, executando as suas operações a partir da joia da coroa de Trump.
Nada disto é novidade e, independentemente das provas, o comportamento de Trump é revelador: Tomou o partido da Rússia, juntamente com a Coreia do Norte na ONU, abandona a Ucrânia "suspendendo" apoio militar e informação vital, admite abandonar a NATO e fustiga os aliados ocidentais com guerras comerciais; e é-lhe "tão mais fácil negociar com a Rússia e com Putin"
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Chefe propagandista do Kremlin, Alexey Zhuravlyov, Skabeyeva, na televisão estatal russa:
«Apoiamos tudo o que Trump está a fazer. Adoramos a forma como ele se está a comportar».(a partir do min:7:00
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