Não fui ao site da WikiLeaks.
Eh pá, g'anda bronca... 250mil telegramas... e tal... e coiso... pôs a boca no trombone...
Francamente parece-me que "a montanha pariu um rato".
SE a história é como está a ser contada na comunicação social, isto é, se foi de facto um militar no Iraque, cheio de jeitinho para ser "hacker", que conseguiu entrar onde não devia, copiar o que não podia e divulgar o que o há de lixar,
ENTÃO os E.U.A. têm um sério problema de segurança e ainda bem que o descobriram assim, só assim;
É grave do ponto de vista da segurança, não "explosivo" do ponto de vista de política internacional... mas poderia ser.
«Esta não é a primeira vez que o site WikiLeaks divulga fugas maciças de informação da Administração norte-americana este ano. Só em Outubro publicou 400 mil ficheiros secretos sobre a guerra do Iraque, e em Julho publicou dezenas de milhares de ficheiros sobre a guerra no Afeganistão. Tudo isto sem que o Governo norte-americano tenha conseguido formular acusações contra alguém pela fuga de informação.» In "Público"Duvido de que a WikiLeaks parasse um momento para pensar em consequências, aliás já anunciaram que vão continuar. (ver "Expresso") .
Duvido também de que a grande maioria das pessoas que, por este planeta fora, estão a entrar no site da WikiLeaks, tenham parado um momento para pensar nas consequências que advirão de se dar força a uma iniciativa destas.
Liberdade de expressão e de informação sim, o mais possível; violação irresponsável com fins inconfessáveis é outra coisa, séria.
Já não duvido porém que o jovem, com aquele ar que não deixa quaisquer dúvidas sobre a nobreza do seu carácter, gostasse muito que a sua acção "a bem do interesse público" desse origem a um qualquer facto político daqueles que não acabam nada bem. O seu interesse na defesa do interesse público é de tal forma sincero que fez saber:
« as próximas publicações concentrar-se-ão em regiões específicas, nas quais a organização (Wikileaks) procura fazer alianças com meios locais. »Dá-me uma vontade moderada de lhe perguntar: "Sabe o que é que o menino precisava?", no entanto tenho alguma esperança de que o jovem esteja bem entregue...
DE RESTO, quanto ao blá-blá-blá que veio a público, sem grandes novidades e de interesse passageiro, só me ocorre uma pergunta:
Os E.U.A. espiaram, classificaram e comentaram. Sim, e... Cadê os outros?
Cadê os telegramas dos árabes, dos russos, dos italianos, dos franceses, dos alemães,etc.?
Ná, cá por mim não alimento este bicho intriguista.
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2 comentários:
1.A espionagem é proporcional à capacidade tecnológica. Mas o "segredo" é inversamente proporcional.
2. Uma coisa é todos sabermos - tu, eu, os governos do Mundo inteiro - como é suposto funcionarem os EUA no paradigma tecnológico/informacional de 2010. Outra, totalmente diferente, é ter isso disponível em qualquer computador do Mundo.
3. A ti e a mim dá igual - já a eles...
Verdad...
Isto não me parece "uma grande bronca" mas não estou na pele de quem disse que "o manel cheira mal dos sovacos"
Já acho estranho que a WikiLeaks receba informação só daquele lado, à esquerda de quem passou o trópico em direcção ao Polo Norte. Não é esquisito?
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