Quando eu era pequena havia uma frase daquelas que entram nas expressões que toda a gente usa em situações similares; dizia-se assim: «É verdade, veio no jornal»
Hoje já quase ninguém cai na ingenuidade de dizer uma destas... Quanto a isto fiquemos por aqui.
Há pouco estava a passar os olhos pelos títulos da imprensa de hoje e houve um que me despertou curiosidade. Fui ler.
Mais extenso do que o habitual é no entanto despojado de floreados para encher; trata-se de um artigo de leitura fácil, bem desenvolvido e fundamentado.
Se o seu conteúdo traduz ou não uma realidade actual, ou se é uma mera especulação sobre o que "talvez seja" fundamentando-se em factos históricos... Pois, não sei mas considerando outras notícias dos últimos dias que têm por tema a "Irmandade Muçulmana", que só agora me chamam a atenção (e às quais deixo links no final deste post), sou levada a pensar que se trata de facto de uma questão séria e não apenas de uma especulação política, "encomendada" ou não.
Poderia tratar-se de propanganda pró-sionista, anti-islamica, anti-muçulmana... Poderia mas não creio, os factos históricos estão aí, os factos presentes não os desmentem, muito pelo contrário, doa a quem doer.
Vale a pena ler, estar atento ao desenvolvimento de factos e situações, procurar mais informação.
Fica aqui como documento, e leitura oferecida a quem aprouver.
As raízes nazis da Irmandade Muçulmana
por LUIS MANUEL CABRAL, in DN Globo, 4 Fev.11A Irmandade Muçulmana, principal força de oposição no Egipto, é uma organização que remonta à Segunda Guerra Mundial, com um passado ligado à Alemanha nazi.
O mundo teme que o Egipto venha a ser governado pela Irmandade Muçulmana, a principal força de oposição no país, que recusa a permanência no poder do presidente Hosni Mubarak. E não é para menos, tais os antecedentes da organização fundamentalista islâmica, que como revelam alguns investigadores, remontam à Segunda Guerra Mundial e a um passado ligado ao nazismo.
Apesar das prisões, deportações e execuções de muitos dos seus membros no passado, a Irmandade Muçulmana não foi destruída nem por Mubarak, nem antes por Nasser ou pelo rei Farouk que a viu nascer em 1928. Hoje, a Irmandade está nas ruas, com mais força que nunca, ao lado de milhões de manifestantes que exigem a demissão do seu presidente, e o futuro do Egipto é uma perigosa incógnita.
De braço dado com a suástica
Peter Levenda, no seu livro " Aliança-Sagrada" (Unholy Alliance), revela que o oficial das SS Otto Skorzeny (famoso, entre outras façanhas, por ter liderado o grupo de comandos que libertou o ditador Benito Mussolini do hotel em que estava detido depois do golpe que o retirou do poder, em 1934) , foi para o Egipto no pós-guerra, onde criou uma "Gestapo" egípcia formada quase completamente por antigos oficiais das SS. De acordo com o autor, esta foi uma medida que recebeu forte apoio de Allen Dulles, então director da CIA, numa operação envolveu a Irmandade Muçulmana, na época associada aos nazis e que nos tempos mais recentes deu origem à al-Qaeda.
A ligação entre os muçulmanos radicais e os nazis, conforme explica Jim Marrs no seu livro "A Ascensão do Quarto Reich", começou com o fundador da Irmandade Muçulmana, Hassan al-Wahhab, que formou um grupo de juventude egípcia, dedicada à reforma social e à moral islâmica. Wahhab era um devoto seguidor de Muhammad ibn Abd al-Wahhab, o muçulmano do século XVIII que fundou a seita Wahhabi, que ensina que qualquer acrescento ou interpretação à lei islâmica posterior ao século X é falsa, devendo por isso ser erradicada de qualquer forma, nem que seja pela violência.
"Nos anos 20 havia um jovem egípcio chamado Al-Banna, de um grupo denominado a Irmandade Muçulmana. Al-Banna era um admirador de Adolf Hitler e escrevia-lhe frequentemente. Foi tão persistente na sua admiração pelo recém-criado partido nazi, que nos anos 30 a Irmandade Muçulmana tornou-se num ramo secreto dos serviços secretos nazis", diz Marrs, citando o antigo advogado John Loftus, que teve acesso quase ilimitado a vários documentos classificados dos Estados Unidos e da NATO. Nessa época, explica , "os nazis árabes tinham muito em comum com as novas doutrinas nazis de então. Odiavam os judeus, a democracia e a cultura Ocidental, pelo que se tornou uma política oficial do Terceiro Reich desenvolver secretamente a Irmandade Muçulmana como um exército no Egipto. Quando começou a guerra, a Irmandade Muçulmana prometeu que iria ajudar o general Erwin Rommel (comandante do Afrika Korps), assegurando-se de que não houvesse um único soldado inglês ou americano vivo, no Cairo ou em Alexandria". Apesar de terem falhado a promessa, os batedores árabes do exército alemão causaram sérios problemas às forças aliadas durante os combates no norte de África durante toda a guerra.
Depois da Segunda Guerra Mundial, escreve Jim Marrs, "a Irmandade Muçulmana e os seus aliados alemães foram procurados por crimes de guerra, uma vez que não eram considerados uma unidade militar tradicional, e depois de várias prisões no Cairo, os seus membros foram entregues aos serviços secretos britânicos que os contrataram para combater o recém-criado Estado de Israel".
Apesar de, segundo o autor, dentro da própria Mossad (serviços secretos israelitas) poucos saberem disso na altura, "muitos dos membros dos exércitos árabes e dos grupos terroristas que tentaram esmagar Israel logo no início, foram os árabes nazis da Irmandade Muçulmana. O que os serviços secretos britânicos fizeram então, foi "vender" os àrabes nazis à antiga OSS, que mais tarde se tornou na CIA, liderada por Allen Dulles. A ideia era usar os nazis árabes no Médio Oriente como um contra-peso aos árabes comunistas. No entanto, os egípcios ficaram assutados com a ideia e Nasser ordenou a toda a Irmandade Muçulmana que saísse do Egipto (1954), sob pena de prisão e execução. Durante os anos 50, a CIA evacuou os nazis da Irmandade Muçulmana para a Arábia Saudita".
Em 1979, a CIA atraiu fanáticos sauditas entre os membros desta Irmandade e enviou-os para o Afeganistão para combater os soviéticos. Num destes grupos, que uma vez fora do Afeganistão viria a ser conhecido como al-Qaeda, estava um jovem saudita, de nome Osama bin Laden. Após a retirada da União Soviética do Afeganistão, os sauditas não quiseram esses fanáticos de volta. Actualmente, conforme afirma Jim Marrs, "Existem muitos ramos muçulmanos radicais, mas são todos da Irmandade Muçulmana, um veneno que se espalhou pelo Médio Oriente e, após o 11 de Setembro, pelo resto do mundo".
Apesar das prisões, deportações e execuções de muitos dos seus membros no passado, a Irmandade Muçulmana não foi destruída nem por Mubarak, nem antes por Nasser ou pelo rei Farouk que a viu nascer em 1928. Hoje, a Irmandade está nas ruas, com mais força que nunca, ao lado de milhões de manifestantes que exigem a demissão do seu presidente, e o futuro do Egipto é uma perigosa incógnita.
De braço dado com a suástica
Peter Levenda, no seu livro " Aliança-Sagrada" (Unholy Alliance), revela que o oficial das SS Otto Skorzeny (famoso, entre outras façanhas, por ter liderado o grupo de comandos que libertou o ditador Benito Mussolini do hotel em que estava detido depois do golpe que o retirou do poder, em 1934) , foi para o Egipto no pós-guerra, onde criou uma "Gestapo" egípcia formada quase completamente por antigos oficiais das SS. De acordo com o autor, esta foi uma medida que recebeu forte apoio de Allen Dulles, então director da CIA, numa operação envolveu a Irmandade Muçulmana, na época associada aos nazis e que nos tempos mais recentes deu origem à al-Qaeda.
A ligação entre os muçulmanos radicais e os nazis, conforme explica Jim Marrs no seu livro "A Ascensão do Quarto Reich", começou com o fundador da Irmandade Muçulmana, Hassan al-Wahhab, que formou um grupo de juventude egípcia, dedicada à reforma social e à moral islâmica. Wahhab era um devoto seguidor de Muhammad ibn Abd al-Wahhab, o muçulmano do século XVIII que fundou a seita Wahhabi, que ensina que qualquer acrescento ou interpretação à lei islâmica posterior ao século X é falsa, devendo por isso ser erradicada de qualquer forma, nem que seja pela violência.
"Nos anos 20 havia um jovem egípcio chamado Al-Banna, de um grupo denominado a Irmandade Muçulmana. Al-Banna era um admirador de Adolf Hitler e escrevia-lhe frequentemente. Foi tão persistente na sua admiração pelo recém-criado partido nazi, que nos anos 30 a Irmandade Muçulmana tornou-se num ramo secreto dos serviços secretos nazis", diz Marrs, citando o antigo advogado John Loftus, que teve acesso quase ilimitado a vários documentos classificados dos Estados Unidos e da NATO. Nessa época, explica , "os nazis árabes tinham muito em comum com as novas doutrinas nazis de então. Odiavam os judeus, a democracia e a cultura Ocidental, pelo que se tornou uma política oficial do Terceiro Reich desenvolver secretamente a Irmandade Muçulmana como um exército no Egipto. Quando começou a guerra, a Irmandade Muçulmana prometeu que iria ajudar o general Erwin Rommel (comandante do Afrika Korps), assegurando-se de que não houvesse um único soldado inglês ou americano vivo, no Cairo ou em Alexandria". Apesar de terem falhado a promessa, os batedores árabes do exército alemão causaram sérios problemas às forças aliadas durante os combates no norte de África durante toda a guerra.
Depois da Segunda Guerra Mundial, escreve Jim Marrs, "a Irmandade Muçulmana e os seus aliados alemães foram procurados por crimes de guerra, uma vez que não eram considerados uma unidade militar tradicional, e depois de várias prisões no Cairo, os seus membros foram entregues aos serviços secretos britânicos que os contrataram para combater o recém-criado Estado de Israel".
Apesar de, segundo o autor, dentro da própria Mossad (serviços secretos israelitas) poucos saberem disso na altura, "muitos dos membros dos exércitos árabes e dos grupos terroristas que tentaram esmagar Israel logo no início, foram os árabes nazis da Irmandade Muçulmana. O que os serviços secretos britânicos fizeram então, foi "vender" os àrabes nazis à antiga OSS, que mais tarde se tornou na CIA, liderada por Allen Dulles. A ideia era usar os nazis árabes no Médio Oriente como um contra-peso aos árabes comunistas. No entanto, os egípcios ficaram assutados com a ideia e Nasser ordenou a toda a Irmandade Muçulmana que saísse do Egipto (1954), sob pena de prisão e execução. Durante os anos 50, a CIA evacuou os nazis da Irmandade Muçulmana para a Arábia Saudita".
Em 1979, a CIA atraiu fanáticos sauditas entre os membros desta Irmandade e enviou-os para o Afeganistão para combater os soviéticos. Num destes grupos, que uma vez fora do Afeganistão viria a ser conhecido como al-Qaeda, estava um jovem saudita, de nome Osama bin Laden. Após a retirada da União Soviética do Afeganistão, os sauditas não quiseram esses fanáticos de volta. Actualmente, conforme afirma Jim Marrs, "Existem muitos ramos muçulmanos radicais, mas são todos da Irmandade Muçulmana, um veneno que se espalhou pelo Médio Oriente e, após o 11 de Setembro, pelo resto do mundo".
Links:
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