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GENOCÍDIO

15 de Abril de 1986

Os EUA eram presididos por Ronald Reagan

Uma esquadrilha com 77 aviões americanos bombardeou Tripoli, a capital da Líbia.

Objectivo declarado: matar ou derrubar o coronel Muamar Kadhafi.

Motivo: Retaliação do ataque terrorista que teve lugar a 5 de Abril de 1986: Uma bomba foi deixada numa discoteca em Berlim frequentada por militares americanos. Devido a este atentado bombista, entre outras pessoas, morreram jovens dois militares americanos. Outros 79 jovens americanos foram gravemente feridos, alguns com lesões permanentes.

«Intercepted messages between Tripoli and agents in Europe made it clear that Libyan leader Colonel Gaddafi was the brains behind the attack.
1990: After German reunification, prosecutors find files linking the Libyan embassy to the attack »
A 15 de Abril, após o ataque a Tripoli, Reagan referiu-se a Kadhafi como sendo:

«um ditador megalomaníaco que colocou seu país a serviço da criminalidade do terror que funciona como campo de treino de terroristas»

Lamentavelmente... (Desculpem lá mas la-men-ta-vel-men-te) Kadhafi safou-se nesse dia.
Lamentavelmente... Não só por ver, antes direi ouvir (porque para ver pouco mais há do que os discursos de Kadhafi ou do seu herdeiro), o que se vem passando na Líbia estes últimos dias; não só pelo povo líbio mas também, fundamentalmente, por este sucedâneo de ser humano ter transformado a Líbia num campo onde germina o ódio, numa selva que dá frutos letais que se ramificam e multiplicam pelo mundo matando indiscriminadamente como só mata o acto terrorista.

Aliás... actos de terrorismo - não actos de guerra - são os que este tarado tem vindo a distribuir ao seu povo e, sem ponta de consciência ou vergonha, é o que promete para os próximos dias se o seu povo continuar a exigir a sua demissão.

Sabem que mais? Que o seu povo lhe faça a vontade: que façam dele o mártir que morre no final... Que o linchem publicamente.


Se o odeio? Não, a ele não, nem a outros do mesmo estilo. O ódio requer concentração, energia, emoções fortes. Odeio o que ele representa, o que semeia neste mundo onde milhões de pessoas vivem à mercê de ataques terroristas.

O terrorismo não é humano, é uma aberração genocida e, tal como uma doença, precisa ser erradicado da face da Terra.

Foi este tarado que o nosso executivo recebeu com honras de chefe de Estado (ele que diz que não é "chefe de Estado" embora se auto-intitule "Rei dos Reis de África"), em Dezembro de 2007.
Kadhafi nem sequer vinha em visita oficial, vinha a uma conferencia e, se bem se lembram, ficou hospedado na residência oficial do ministro da Defesa, ou seja, foi hóspede dos portugueses. Não é escandaloso? Meteu-me nojo e, na altura falei disso
AQUI.
Passados mais de três anos a coisa continua a enojar-me senão, nas presentes circunstâncias, quase acharia divertido...

E a libertação de al-Megrahi, lembram-se? *
Essa e outras "barracadas", uma entrevista de Kadhafi, Rei dos Reis de África, à Euronews e a marcada presença do nosso executivo (desisti de lhe chamar "Governo") nas comemorações do 40.º aniversário da revolução que levou Kadhafi ao poder também passaram por AQUI em Agosto de 2009

* Por falar nisto, saiu hoje (23 Fev.11) uma notícia que não espantará:

«Khadafi ordenou pessoalmente o atentado de Lockerbie»

«O ex-ministro líbio da Justiça, Mustapha Abdel Jalil, afirmou hoje (23/02) ter sido Kadhafi a ordenar pessoalmente a sabotagem do avião da Pan Am, que se despenhou em 21 de Dezembro de 1988 sobre a localidade escocesa de Lockerbie., causando a morte a 270 pessoas.
Jalil demitira-se ante-ontem do Governo líbio.»
A notícia completa AQUI, RTP.PT


Não contentes ainda com as demandas até à Líbia, em Setembro último, 2010, o Zé Sócrates não se contentou em enviar o responsável pelos Negócios Estrangeiros. Por quem era... Pois então, foi ele, o Zé em pessoa, e também levou o Luis Amado que tinha saudades das mordomias de Kadhafi, claro.
E foi uma estrela, segundo disse a imprensa à data: o Zé sentou-se à direita do líder líbio, foi no carro com ele a caminho da festa, mais o primeiro-ministro sérvio.
Da festa ele, Zé, e o outro, Luis, só saíram após a duas da manhã... Devem ter gostado.


O Zé gosta de mandar, e gosta de quem sabe mandar. E mai-nada, é assi-mêmo.

E Agora? Agora o nosso executivo só fala em retirar de lá os portugueses; sobre as acções do amigo nem uma palavrinha. Nem solidariedade com a luta pela libertação do povo líbio nem nada.
O Mubarak ao pé deste tinha asas, brancas.

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Libyan Training Camps

A Líbia tem treinado terroristas palestinos e outras no interior do país desde o início dos anos 1970
Além das instalações principais e em torno de Tripoli, ao longo das últimas duas décadas os líbios têm operado campos de formação menores dispersos por todo o país. Por vezes os terroristas são treinados em bases militares da Líbia. Por exemplo, em 1988, os membros do grupo radical palestino, a Frente Luta Popular, foram formados numa base da Força Aérea na região Aouzou. Membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral - também são conhecidos por terem treinado nos campos militares da Líbia.

Os grupos não-palestinos que receberam treino na Líbia nos últimos anos incluem a Alfaro Vive equatoriana, a organização Carajo, o M-19 da Colômbia, a Organização de Libertação Haitiana , a chilena Frente Patriótica Manuel Rodriguez, o Exército Secreto para a Libertação da Armênia, o Exército Vermelho Japonês.

Estagiários da Ásia, América Latina, África muitas vezes vão para a Líbia legalmente, normalmente, fingindo ser estudantes. Por vezes, cidadãos do Terceiro Mundo, viajam para a Líbia acreditando ir frequentar cursos de escolaridade legítimos, tais como formação técnica ou religiosa; Porém à chegada são esperados no aeroporto por soldados, colocados em camiões e transportados para campos de treino terrorista / dissidentes. Os alunos hostis a esta abertura da Líbia são sumariamente deportados e rotulados como alunos indignos.

Extremistas viajam para Líbia usando outros métodos. Por exemplo, radicais das Maurícias viajaram para Trípoli, em 1987, aparentemente para assistir a uma conferência da juventude, no entanto o seu destino era um acampamento de treino terrorista.

  • Seven April Training Camp. Localizado a cerca de 9 Km de Tripoli, a instalação oferece formação em terrorismo e subversão para os africanos e latino-americanos, bem como a militares da Líbia.
  • Sidi: Bilal Port Facility. Os terroristas que realizaram em Maio de 1990 o ataque marítimo contra Israel foram treinados aqui.
  • Bin Ghashir. Logo ao sul de Tripoli, foi usado para treinar dissidentes da África, Ásia e América Latina em tácticas terroristas e de guerrilha.
  • Ras Al Hilal. Grupos terroristas palestinos têm treinado neste campo.
http://www.globalsecurity.org/intell/world/libya/facility.htm

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De acordo com os originais, erros de português incluídos:


«O canal do Catar (TV Al-Jazira) cita moradores da capital daquele país como testemunhas:

"O que estamos testemunhando hoje é inimaginável. Aviões de guerra e helicópteros estão bombardeando indiscriminadamente uma área depois da outra. Há muitos, muitos mortos"

O ditador líbio, Muamar Kadafi, utilizou aviões de guerra contra manifestantes que protestavam contra seu governo em Tripoli, informou, ontem, a rede de TV Al-Jazira.

Dois caças Mirage da Força Aérea da Líbia aterrissaram, ontem, em Malta e, de acordo com autoridades militares locais, os pilotos pediram asilo político, em meio ao sangrento levante contra o regime de Muamar Kadafi.

Segundo fontes do governo maltês, ao chegarem ao país os dois militares disseram que a ordem que haviam recebido era de bombardear os manistantes em Benghazi, segunda maior cidade da Líbia e epicentro dos protestos contra Kadafi.»
AQUI
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Também há relatos de que militares estariam atirando contra manifestantes em Trípoli.

A imprensa internacional tem dificuldade de confirmar as informações dadas por testemunhas por causa de um bloqueio imposto pelo governo líbio: jornalistas do exterior não podem entrar no país e o acesso à internet foi quase totalmente derrubado.
Saif al-Islam Kadhafi, filho do líder líbio, disse que os ataques foram lançados contra depósitos de armas, perto de áreas urbanas, e negou que tenham sido executados contra civis.
AQUI
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Gritando e falando com o punho fechado em um discurso de desafio na TV estatal, que pareceu ter sido gravado previamente, Kadafi também conclamou seus partidários a expulsar das ruas os manifestantes que exigem sua renúncia.

Kadhafi se declarou "um guerreiro", proclamando: "A Líbia quer a glória, quer estar no cume do mundo. Sou um lutador, e morrerei como um mártir no final." "Ainda não ordenei o uso da força, não ordenei o disparo de uma única bala... quando o fizer, tudo queimará."
AQUI

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«Todo o líbio que pegue em armas contra a Líbia será castigado com a pena de morte», assegurou Kadhafi e se necessário «limpar a Líbia casa a casa», caso os manifestantes não se rendam.»

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Kadafi culpou a juventude líbia, a imprensa internacional, o terrorismo islâmico e os EUA pelo caos no país e afirmou que a imagem da Líbia está sendo "distorcida" perante o mundo.

"Vocês conhecem alguém decente que participa disso? São todos bêbados e drogados", disse, sobre os jovens que participam dos protestos. O ditador pediu ainda às mães dos manifestantes que os entreguem ao governo para uma "desintoxicação".Kadafi ainda usou uma argumentação peculiar para descartar a renúncia. "Não sou presidente, não posso renunciar. Mas se tivesse um cargo renunciaria e esfregaria isto na cara de vocês", disse.
Após o golpe de 1969, Kadafi criou uma 'república das massas' na Líbia, onde, em teoria, quem governa é o povo.

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"Eles não fazem distinção (entre civis e militares), estão atirando para limpar as ruas", disse nesta terça à BBC News um morador de Trípoli, que não quis se identificar. "(Os atiradores) não são humanos, não sei o que são."

"Vi uma mulher ser morta apenas por ter saído em sua varanda. Ela não estava fazendo nada, não estava protestando. Apenas olhou pela sua varanda. E minha esposa ouviu o barulho de aviões bombardeando as pessoas", acrescentou o mesmo morador.

Moradores de um bairro da cidade disseram que há dezenas de corpos espalhados pelas ruas e que o número de feridos é alto. Outros disseram que mercenários estavam patrulhando as ruas e abrindo fogo indiscriminadamente, inclusive contra equipe médicas.


Já a TV estatal divulgou um comunicado negando que tenha havido massacres e classificou relatos de testemunhas como "mentiras" elaboradas pela imprensa internacional. "Isso é parte de uma guerra psicológica a que você (povo líbio) deve resistir, porque o objetivo disso é demolir sua moral", dizia o comunicado.
AQUI
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Segundo a Al Jazira, as ruas do bairro de Tayura, em Tripoli, estão cheias de cadáveres, tendo sido vistos helicópteros a transportar mercenário

"O regime de Kadhafi está a utilizar mercenários contra o seu povo. Não é uma guerra civil. É o massacre praticado por um homem que está sozinho e tem uma premissa na cabeça: eu fiz este país e eu incendeio-o",
diz Omran, jornalista líbio que vive há 21 anos em Málaga e representante em Espanha da Coalisão de 17 de fevereiro, o movimento popular que liderou o levantamento contra o regime de Muammar Kadhafi.

"Os mercenários são africanos, nem sequer falam árabe, patrulham as ruas metralhando qualquer aglomeração de pessoas, atacando hospitais e saqueando espaços públicos para desestabilizar e provocar confusão", explica Omran, que assegura que os cidadãos líbios decidiram criar patrulhas para proteger ruas e instituições dos ataques dos mercenários.

"É horrível. Kadhafi está a utilizar aviões contra as pessoas. Disseram-me que os cadáveres são muitos mais do que os números que foram divulgados e não se podem recolhê-los das ruas porque há informadores e aparecerem os mercenários"

Segundo informações colhidas por Omran, há divisões no Exército líbio, e vários militares já se uniram ao protesto

AQUI

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ÚLTIMA HORA - 23 FEV.

Liga Árabe suspende Líbia

«"O conselho da Liga Árabe decidiu suspender a participação das delegações líbias nas reuniões da Liga e em todas as organizações que dependem deste organismo até que as autoridades líbias aceitem as reivindicações do povo líbio e "garantam a sua segurança".

O conselho considera "legítima a satisfação das ambições, das reivindicações e das esperanças dos povos árabes na liberdade, nas reformas democráticas, o desenvolvimento da justiça, por serem um direito que é necessário respeitar". »

Ok, é um princípio mas está longe de ser o fim.

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