«O PSD diz que só será possível ao próximo Governo evitar o agravamento de impostos, se o quadro financeiro descrito pelo actual Executivo corresponder à realidade.
Em declarações à Renascença, o vice-presidente social-democrata Diogo Leite de Campos não se mostra optimista:
“Nós sabemos que aquela situação que o Governo diz que é, não é aquela que existe exactamente. Nós vamos ter de ver o estado financeiro em que o país foi deixado. Eu lembro, por exemplo, que o défice do ano passado vai aumentar para 8%; que a Comissão e o Eurostat sabem que o Governo está a ocultar despesas e a desornamentar despesas”.
Leite de Campos considera que foi o “descontrolo da despesa pública do Governo” que levou à necessidade de apresentação de um PEC4.
O PSD tenciona apresentar ao Parlamento um conjunto de medidas que considera necessário adoptar antes ainda da realização de eleições e Leite Campos diz esperar que haja boa vontade dos restantes partidos, incluindo o PS.
O diário “Correio da Manhã” diz hoje que, caso vença as eleições antecipadas e seja nomeado Primeiro-ministro, Passos Coelho não irá congelar as pensões mais baixas, mas, em contrapartida, pensa em aumentar as taxas do IVA. As verbas gastas com o não-congelamento de pensões serão compensadas com o aumento do IVA “para 24 ou 25%”, refere o jornal.
O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, disse, nas últimas horas, que, a ser necessário, o PSD só admitirá mexer em impostos sobre o consumo, excluindo tocar nos impostos sobre o rendimentos e nas pensões e reformas.
“O combate ao défice não pode ser feito com medidas de impacto sobre os mais desfavorecidos do nosso país”, argumentou Relvas, em declarações à agência Lusa.
“Ninguém pode, sem conhecer a verdadeira situação financeira, garantir que não mexe em impostos.”»
in "Página Um" on line 24 Mar.
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