É apenas um exemplo, um exemplo ínfimo.
Na "política" apregoa-se uma coisa mas a vida demonstra outra:
Quando a coisa dá para o torto quem resolve os problemas são as Pessoas,
não o Estado.
É por estas e por outras, muitíssimas outras, que não sou socialista.
«Os pais dos alunos da Escola Pedro Teixeira, de Cantanhede, estabelecimento de ensino com contrato de associação, estão a cotizar-se de modo a garantirem o pagamento aos professores.
Os 31 professores e 13 funcionários estão sem receber salários há dois meses e hoje a direcção da escola avançou com o despedimento colectivo destas 44 pessoas, depois de o Ministério da Educação ter retirado o financiamento ao colégio, que não aceitou assinar o contrato de associação com o Estado. O director da escola, António Negrão, disse que é “a única hipótese de de manter a escola a funcionar”.
Com a retirada de 30% do valor que era, até agora, pago, o encerramento da escola seria o óbvio passo seguinte, mas os pais decidiram criar um fundo financeiro, para pagar parte do salário aos professores, que vão dar o seu trabalho de forma voluntária. “Não corresponde, sequer, a 50% do ordenado dos profissionais.
Será apenas uma ajuda de custo para lhes permitir sobreviver.»
In "Página 1", 1 Mar.11
E mais uma:
«Precisava de 600 euros...»
«Estamos a apoiar cerca de 400 mulheres, entre grávidas, grávidas adolescentes e puérperas, e ainda cerca de 500 crianças. E os números não param de aumentar.»
Coimbra vai passar a contar, a partir de sexta-feira, com um Banco da Maternidade e da Criança.
A iniciativa parte da Associação de Defesa e Apoio à Vida (ADAV), que desenvolve um trabalho de apoio a grávidas e jovens mães em dificuldades,
há cerca de uma década na região Centro.
Trata-se de um equipamento inspirado no Banco Alimentar contra a Fome, que vai fazer chegar às instituições em dificuldade bens essenciais à maternidade.
“Estamos a falar de fraldas, leite, papas, artigos de higiene, carrinhos, chupetas, biberons, enfim, todos os bens necessários para o bem-estar de uma grávida e de um bebé
O projecto depara-se com o problema da sua própria sobrevivência, uma vez que só a renda do espaço alugado é de 500 euros mensais.
“Temos possibilidade de aguentar os projectos nos próximos cinco meses. Preciso de os aproveitar bem para arranjar apoios para lhe dar continuidade. Precisava de 600 euros, incluindo 100 euros para os custos correntes. Isso seria o ideal, embora já me contentasse com os 500”, confessa a dirigente da ADAV.
In "Página 1", 1 Mar.11
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Entretanto, algures nos corredores do poder, prepara-se mais uma "blague" da ironia do destino:
«Portugal quer presidir ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.
A candidatura, para o período de 2014 a 2017, foi ontem defendida na reunião deste Conselho da ONU, em Genebra.
A intenção portuguesa foi apresentada pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.» - 1/Mar.11
E pode?
Bem... Poder, pode... A ironia tem destas coisas.
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